DAS LEITURAS E DOS MUNDOS
À arte cabe “captar forças”. Assim Deleuze define a atribuição do artista. A história e pensamento da arte não estão distanciados da sua prática. É sabido que história e pensamento são discursos sobre discursos, como bem capturou Barthes. Mas não apenas isso. Historiar e pensar sobre arte pode, igualmente, ser um exercício criativo. Não basta fabricar conceitos e impor sua presença na linha de montagem da história da arte, porque é preciso, muitas vezes, desregular a fabricação renitente e ininterrupta, para que outras clareiras possam erguer novas chamas. O pequeno conjunto de livros aqui apresentado é uma espécie dessa força-ígnea que se liga à criação e ao pensamento.
Marco Vasques
É poeta, editor e crítico de teatro, membro da International Association of Theatre Critics. http://www.aict-iatc.org/ , e editor do Caixa de Pont[o] - jornal brasileiro de teatro. www.caixadeponto.wix.com/site