Cubismo

Sul da França, verão de 1914. Picasso interrompe a temporada de pintura ao lado de Braque e Derain para levar os dois amigos até a estação de Avignon, de onde partem para encontrar seus regimentos. ‘Nunca mais tornei a vê-los’, diria Picasso anos depois, numa frase certeira. A aventura cubista- ou pelo menos um certo período de trabalho e descobertas em comum- encerrara-se com a Primeira Guerra Mundial. Reunindo e comentando cerca de 60 obras da época, David Cottington recompõe neste livro a fulgurante trajetória do cubismo, seja como tradução do espírito de vanguarda que florescia nos pequenos cafés parisienses, na primeira década do século. Retratando, assim, tanto o contexto social e estético mais amplo como as estratégias de sobrevivência dos artistas no cotidiano, Cottington traça um panorama preciso dessa que foi uma das experiências mais acuradas da modernidade e constitui, até hoje, um momento seminal na arte do nosso século.